terça-feira, 10 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

SE JOGA BONITA- ACREDITA NA FOTO!!!!


SEGUINDO A TRADIÇÃO POLÍTICA DA PSI, DA QUAL FAÇO PARTE E APOIO...(INTEGRAÇÃO, MOVIMENTAÇÃO, ATÉ O CHÃO!)
GOSTARIA DE CONVIDAR VOCÊS PARA MEU ANIVERSÁRIO
SINTAM-SE TODOS CONVIDADOS SERÁ UM PRAZER RECEBE-LOS.
POR FAVOR QUEM FOR ME MANDA CONFIRMAÇÃO PELO KURT PRA EU CALCULAR QUANTO DE BIFE VOU COMPRAR.

E VAMO ACABAAAAAAAAAAAAAAAAAAR COM A BOATE!
FERVER ATÉ VIRAR CROCRÉTI...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

SEXO


É forte. É jovem. A ardente labareda do sexo corre por suas artérias em sacudidas elétricas. O gozo já foi descoberto e o atrai como a coisa mais simples e maravilhosa que lhe teriam mostrado. Antes o ensinaram a esconder a imundície do baixo-ventre e seu rosto de criança se enrugou numa interrogação inconsciente. Depois o primeiro amigo lhe revelou o segredo. E o prazer solitário foi corrompendo a pureza da alma e lhe abrindo gozos até então desconhecidos.

Já passou porém aquele tempo.

Agora, forte e jovem, busca um objeto em quem esvaziar sua taça de saúde. É um animal e a vida deve dar-lhe a fêmea em quem se complete, aumentando-se.

Por isso procura. A irmã cresceu como ele; é forte e poderosa; a juventude já lhe faz ânforas do peito e os olhos que guardam o desejo. Mas ela é irmã e uma lei castiga o amor dos dois.

Porém há mais mulheres. As ruas levam centenas de fêmeas inquietas e vigorosas e o homem busca de novo. Mas descobre que a entrega de uma dessas mulheres traz uma coisa divertida e extraordinária: a “desonra” da que quis, como ele, gozando um prazer para o qual a natureza lhe deu um órgão.

Então, o homem jovem, que é honrado, aprende a conhecer a moralidade hipócrita que foi inventada para impedir a plena eclosão de suas propensões físicas.

Contudo, sempre busca. E há a casa do prazer. Mas o homem, que é puro, reduz sua necessidade natural e despreza, compadecendo-se, a máquina que lhe há de dar prazer a tanto por hora. E então o homem forte e jovem sente uma onda de raiva contra os estúpidos que fizeram o marco quadrado e rígido em que deve manter sua vida. Despreza e odeia a lei que lhe vai dando no rosto uma chibatada por cada tentativa de seu ser. Fazem como larvas escuras nos recantos ocultos, sente desejo de voltar sua raiva sobre os que lhe deram o desejo ancestral que, como um gancho enorme, o amarra à vida. E deixa de ser puro e quer comprar o amor.

Porém é pobre. E pensa que o prazer e tudo o que fizeram sobre a terra, incluía a própria terra, é para os que são donos de tudo e obrigam, a ele, fardo de desejos naturais, a ser um móvel grudado no ouro dos outros.

(Pablo Neruda)


Postado por T. Sousa - 3º Período